Textos apoio - 1º Bimestre

1. Globalização - Integração das economias mundiais
Cláudio Mendonça*

Desde a sua origem, o capitalismo integrou o mundo numa única economia, com as grandes navegações, a descoberta de novas rotas e terras e o colonialismo. No entanto, utiliza-se o conceito de globalização para indicar o processo relativamente recente da internacionalização das relações econômicas capitalistas, apoiado em novas tecnologias de transporte e telecomunicações e na ampliação da capacidade produtiva.

Após a Segunda Guerra Mundial, essas tecnologias eliminaram os obstáculos técnicos para uma maior integração da economia: o avanço das telecomunicações com uso da tecnologia de satélites, a popularização da informática, a maior eficiência dos meios de transportes internacionais e a expansão sem precedentes das empresas multinacionais conectaram o mundo todo.

A Internet possibilitou a formação não só de redes de comunicação instantânea, em tempo real, como redes de produção, de serviços (comércio e entretenimento) e de investimentos com a possibilidade de realização de atividades simultâneas entre os pontos mais distantes do planeta.

Há pouco mais de uma década o processo de globalização teve maior impacto no Brasil. No início dos anos de 1990, o país passou a adotar políticas econômicas neoliberais, abrindo seu mercado interno, reduzindo barreiras protecionistas, criando maiores facilidades para a entrada de mercadorias e de investimentos externos, como aplicações financeiras e investimentos produtivos. A idéia era contar com o capital estrangeiro para retomar o crescimento econômico.
Cláudio Mendonça* é professor do Colégio Stockler e autor de "Geografia Geral e do Brasil" (Ensino Médio) e "Território e Sociedade no Mundo Globalizado" (Ensino Médio).
http://educacao.uol.com.br/geografia/ult1701u20.jhtm


Globalização aumenta desigualdades sociais diz ONU
Estudo da ONUaponta que as desigualdades entre países ricos e pobres aumentaram com a globalização. O documento "Uma globalização justa", realizado em parceria com a OIT e lançado dia 24 de fevereiro de 2004 chegou a essa conclusão. Entre os números apresentados estão os seguintes: 185 milhões de pessoas estão desempregadas no planeta (6,2% da força de trabalho), um recorde; a diferença entre países ricos e pobres aumentou desde o começo dos anos 90, com um grupo minoritário de nações (que representa 14% da população mundial) dominando metade do comércio mundial. No começo dos anos 60, a renda per capita nas nações mais pobres era de US$ 212, enquanto nos países mais ricos era de US$ 11.417; em 2002, essas cifras passaram a US$ 267 (+26%) e US$ 32.339 (+183,3%), respectivamente.
A comissão que preparou o relatório propõe uma série de medidas para melhorar a governança, tornar mais justo o comércio internacional, promover normas fundamentais de trabalho e um nível mínimo de proteção ao trabalhador. Para que as ações saíam do papel, conclama a participação de organismos internacionais, como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial. No relatório, outras críticas são contempladas: 1) o comércio mundial deve reduzir as barreiras que impedem o acesso de produtos competitivos oriundos de países em desenvolvimento; 2) os Investimentos Diretos Estrangeiros precisam de nova regulamentação, para que se destinem ao setor produtivo; 3) o sistema financeiro internacional deveria prestar um apoio mais decisivo ao crescimento global sustentado.
http://observatoriosocial.org.br/conex2/?q=node/89

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